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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Amostra do Diário dos 21 Dias de Manuela Tayara Lago Soares (vulgo: Manuela Di Calafiori) - Viver de Luz - Inédia

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Manuela Tayara Lago Soares

Manuela Tayara é Webmaster, Social Media e Design Gráfica - Saiba Mais AQUI

"Uma vontade física de comer o Universo
 Toma às vezes o lugar do meu pensamento"
Fernando Pessoa

Para começar, nunca tive o perfil de comer mais do que preciso, ao contrário. Desde a infância a maior bronca dos meus pais era em função de eu não me alimentar adequadamente. Sem favor algum, os únicos alimentos que causam imensa comoção são os doces: sou apaixonada por chocolate, tortas, pudins, caramelos, brownies, cookies, a ponto de precisar comer pelo menos uma sobremesa por dia. 

Mesmo abusando dos doces, sempre fui magra, e tenho dificuldade para engordar. Até academia - aliada a suplementos hipercalóricos e dieta especial - não resolveu. Tenho 1,63 de altura e meu peso orbita entre 43 e 46 quilos. Um IMC de 17,3 que é considerado abaixo do peso. "Cuidado para o vento não te levar!", "Magra de ruim!" e "Come feito um passarinho!" são frases que ouvi a vida inteira. 

Preferi não avisar amigos & familiares para não receber interferência externa durante esse o período de transição. A maioria das pessoas, inclusive as mais próximas a mim, estão a anos luz de entender ou acreditar ser possível.

Iniciei o processo às 00:00h do dia 14 de Novembro de 2016, em casa, com o auxílio do meu *Namorido que já vive de luz, (*moramos juntos). Foi importante conhecer a rotina do Bruno Guerreiro de Moraes, porque existe um abismo entre acreditar em uma possibilidade e vê-la na prática. Acreditar que é possível viver de luz e vivenciar a rotina de alguém que não se alimenta é cabal. Causa uma fé inabalável. Não evitei comer alimentos sólidos durante o dia anterior ao início do processo. 

Estava me recuperando de uma gripe e o Bruno GM perguntou se eu não preferia melhorar antes de começar, uma vez que eu não poderia mais tomar água ou remédios, mas quis continuar mesmo assim. Fui iniciada no Salto Quântico Genético, porém, faço parte do pequeno grupo de pessoas que não deram o 'Salto'. Não tive acesso às memórias, e tampouco consegui falar com a minha Supraconsciência, por isso apenas meditei, "avisei" meu corpo que a partir de então iríamos absorver energia orgônica e não mais precisar de alimentos para nutrição.

 Manuela Tayara Lago Soares e Bruno Guerreiro de Moraes
Manuela Tayara Lago Soares e Bruno Guerreiro de Moraes

DIA 1. 
14 de Novembro de 2016 - 45,3 Kg.

Acordei às 9h, com uma leve dor de cabeça que atribui a gripe. Senti vontade de tomar café da manhã, muito mais por hábito que por fome, mas logo a vontade passou. Me concentrei em escrever um artigo, e a dor de cabeça se foi como mágica. Às 14 horas senti fome, sede ainda não.

Descobri que ao levar minha atenção para outro assunto, a fome fica em segundo plano e depois some, essa vai ser minha principal estratégia na primeira semana. Como estava bem, me senti disposta a praticar exercícios físicos por duas horas e meia, mesmo sendo exercícios de alta intensidade não me senti cansada, o único pormenor é que após toda agitação senti muita sede. Mas resisti.

Passei o resto da tarde lendo e assistindo filmes, tentei dormir, mas não consegui pegar no sono. De desconforto apenas a sensação de estômago vazio, e um gosto amargo na boca. No final do dia comecei a sentir sede novamente, mas nada difícil de administrar. Notei que meus olhos ficaram muito vermelhos. Fui dormir às 23h, com uma leve dor de cabeça. Estou focada no processo e sentindo uma enorme força interior. Trata-se de uma certeza absoluta que vibra em cada átomo dizendo que os 21 dias, para mim, serão como o fio de Ariadne que conduz à saída do labirinto do Minotauro: uma válvula de escape, para um nível elevado de consciência.

  DIA 2. 
15 de Novembro de 2016 - 43,3 Kg.

Não consegui dormir bem, acordei diversas vezes durante a noite com o estômago reclamando muito, também pudera, o metabolismo humano funciona da seguinte forma: todos os nossos conjuntos de células se adequam à nossa realidade, e se "acostumam" a alimentação que fornecemos ao organismo. Nossa mente literalmente cria nosso corpo. Tudo começa na célula, uma máquina produtora de proteína. O corpo capta o sinal do cérebro. Uma das coisas que acontece com os receptores da célula é que mudam de sensibilidade. 

Se bombardeamos a célula com as mesmas substâncias e química diariamente, quando essa célula resolver se dividir, produzindo uma célula irmã ou filha, a nova célula terá mais receptores para aqueles peptídeos que fornecemos com frequência. Ou seja, ficamos viciados em comida a nível celular, pois nossas células se modificam para digerir com excelência o que ingerimos em maior quantidade.

Interromper isso drasticamente, como propõe o processo dos 21 dias, causa stress nas células, já habituadas a receber alimentos há 20, 30, 40 anos. Então o mal estar é inevitável e até compreensível. Meu corpo está protestando pelos 22 anos em que eu acordava e tomava uma vitamina, um suco, comia um pãozinho, e agora, nem água estou bebendo.

Pela manhã levantei as 9h, ainda com dor de cabeça, e ao levantar da cama para ir ao banheiro senti fraqueza. Voltei para cama, descansei um pouco, e ao levantar pela segunda vez, não estava mais com dor de cabeça e tampouco senti fraqueza novamente, no entanto o gosto amargo na boca persiste desde ontem. Fui a sala ocupar minha mente com uma série, estava me sentindo ótima, sem fome ou sede. De súbito um enjoo terrível me acometeu, e não tive como evitar expelir. Meu estômago estava vazio, só havia suco gástrico, e foi o que saiu. Depois, fiquei 100% bem.

Observei que o cheiro de café, que havia me causado vontade ontem, me embrulhou o estômago hoje.
Ás 14 comecei a sentir sonolência, e fui para o quarto tentar descansar, não consegui. Todas as vezes que tentava pegar no sono, acordava abruptamente com a sensação de ter sido tocada por alguém.

Acredito que a inédia tenha sido ativada nesse momento, meus olhos ficaram vermelhos, e minha temperatura estava muito elevada. Fiquei assistindo TV e um mal estar terrível foi crescendo gradualmente durante a tarde, meu corpo não me poupou: dor de cabeça, fraqueza, enjoo, e meus olhos voltaram a ficar vermelhos. O enjoo chegou a ficar insuportável, mas não consegui expelir mais nada.

Notei que a medida que o mal estar aumentava os meus batimentos cardíacos também, a tal ponto que ficou dolorido ao toque o local onde fica o coração. O estômago incomodou a tarde inteira, em compensação não senti sede. Só de pensar em água o mal estar intensifica. Tive vontade de praticar exercícios físicos, mas não tenho energia para isso. Estou em um estado emocional neutro, nada me causa euforia ou tédio, mas não sinto muita vontade de conversar. É neutro, mas introspectivo. Como se eu fosse incapaz de sentir qualquer emoção.

Apesar de todo o desconforto, sei que é normal. Uma reação típica do corpo à falta de comida são dores, de cabeça, nos músculos, ou no estômago, fadiga generalizada, e talvez alguma irritabilidade e falta de paciência. Esforço físico parece algo sobre-humano e mesmo esforço mental pode tornar-se cansativo. A primeira semana vai exigir muito do meu corpo, tudo que posso fazer é manter a mente tranquila. A noite o enjoo chegou ao nível máximo, e vomitei várias vezes. Fui dormir às 23h ainda com dor.

DIA 3. 
15 de Novembro de 2016 - 42,9 Kg

Consegui dormir bem, tive uma noite tranquila povoada por sonhos desconexos sem maior importância. Acordei às 8h com muita dor de cabeça, fome - que logo passou, e sem enjoo algum. Meus olhos voltaram a coloração normal e estava também com ótimo humor. Precisei tomar remédio pois a dor de cabeça, por conta da gripe, estava se encaminhando para uma enxaqueca, coloquei menos de um dedinho de água em um copo, e despejei as gotas de neosaldina. 

Após a dor de cabeça passar fiquei totalmente bem disposta, acredito já estar vivendo de luz por não ter tido uma perda brusca de peso hoje, e por ter energia de sobra, depois da hora em que acordei a fome não apareceu mais, tampouco sede. Até mesmo consegui limpar e organizar algumas coisas na casa.

Por volta de 13h da tarde o enjoo voltou com força total, e persistiu durante toda a tarde. Vomitei várias vezes. E apesar de estar com energia, a dor do enjoo é debilitante. Acredito ser uma peculiaridade da minha genealogia, suspeito que o PH do meu estômago é mais sensível do que o comum, e ficar de barriga vazia faz com o suco gástrico corroa as paredes do estômago, causando enjoo. Já tive o mesmo problema antes, em uma infecção intestinal, e até onde li no diário de outras pessoas que passaram pelos 21 dias, não é comum sofrer por ânsias e enjoos.

Não sei ainda como lidar com isso, como é possível fazer alguns desvios de percurso na primeira semana, adaptar a sua necessidade, decidi tomar um copo com água para ver como o meu corpo reagiria: da pior forma possível. O enjoo aumentou e coloquei toda água para fora em meia hora.
Como a água não ficou no meu corpo, tentarei passar pelos 7 dias padrão, sem água e comida. Vou monitorar o meu estômago, tentar resistir as ânsias.

Outra solução seria comer alguma coisa para a dor melhorar e desistir do processo, mas sequer cogito, é uma impossibilidade. A noite senti muita fome e o enjoo se tornou insuportável e decidi então meditar, lembrei que a mente domina o corpo, tentei entrar em conexão com as glândulas localizadas na mucosa do estômago, que produzem suco gástrico, relembrá-las que não é preciso produzir nenhuma substância, pois não vamos precisar digerir nada. Entrei em conexão com a minha energia, acalmei a mente, e me senti bem melhor depois. Ainda tive ânsias antes de dormir, mas consegui pegar no sono rapidamente, por volta das 23h.

DIA 4. 
17 de Novembro de 2016 - 42,7 Kg

Acordei 4 da manhã sem sono algum, não quis levantar pois meu estômago estava ótimo, só a dor de cabeça, minha amiga de sempre, estava presente. Tive medo de sair da cama e com o balanço do corpo o enjoo retornar.  Então permaneci deitada ouvindo o silêncio, o vento, depois o canto dos passarinhos na aurora, e por volta das 7 da manhã, o tédio venceu e peguei no sono novamente. Outro sintoma do jejum prolongado é alteração no sono, normalmente levanta-se durante a noite, uma ou várias vezes, afinal o que causa sonolência é a digestão, e em jejum não se digere nada.

Vale observar que quando falo em "jejum prolongado" estou me referindo exclusivamente a não ingestão de alimentos sólidos, pois quando você se dispõe a passar pelos 21 dias a ideia não é "não comer nada" mas sim passar a se alimentar de uma fonte diferente. Então não existe um jejum propriamente dito.

Levantei as 9h, a dor de cabeça estava mais branda, e o enjoo permaneceu incógnito. Incrível! 
A meditação de ontem parece ter funcionado, não tive enjoo ou náuseas, tampouco vomitei, passei o dia inteiro bem. Só com muita fome e sede, mas já estou até acostumada com a sensação. Em compensação a energia de ontem, não está presente hoje. Me sinto fraca, e tô com a aparência horrível! Que bom que, de acordo a outros relatos, melhora depois e volta ao normal!

A tarde senti uma dor esquisita, a minha vértebra da coluna parecia estar em chamas. Uma sensação de queimação que durou uns 30 minutos e voltou a se repetir em outros momentos do dia, mas com menor duração. Não adiantava mudar de posição, pois o incomodo persistia. Achei curioso.
Fui dormir novamente as 23h, me sentindo fraca, mas bem.


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